Mensagens solenes para um tempo solene



Os parágrafos a seguir, selecionados do livro O Grande Conflito, de Ellen G. White, enfatizam a importância das três mensagens angélicas em seu papel de despertar a igreja remanescente de sua letargia espiritual e reavivá-la para que cumpra a solene missão que Deus lhe confiou: preparar a si mesma e a um povo para o grande Dia do Senhor.

Diante do fato de que vivemos num tempo de juízo (Apocalipse 14:7), em que nosso Salvador está analisando cada caso à luz dos livros celestiais e com base em Sua santa Lei (Daniel 7:9-10; Tiago 2:12), estas palavras se revestem de uma significação excepcional e devem absorver toda a nossa atenção.


"Quando o Salvador indicou a Seus seguidores os sinais de Sua volta, predisse o estado de apostasia que havia de existir precisamente antes de Seu segundo advento. Haveria, como nos dias de Noé, a atividade e a agitação das ocupações mundanas e da procura de prazeres - comprar, vender, plantar, edificar, casar, dar-se em casamento - com olvido de Deus e da vida futura. Para os que viverem nesse tempo, a advertência de Cristo é: 'Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.' 'Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem.' S. Lucas 21:34 e 36.

"A condição da igreja neste tempo é indicada nas palavras do Salvador, em Apocalipse: 'Tens nome de que vives, e estás morto.' E aos que se recusam despertar de seu descuidoso sentimento de segurança, é dirigido este aviso solene: 'Se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.' Apocalipse 3:1 e 3.

"Era necessário que os homens fossem advertidos do perigo; que se despertassem a fim de preparar-se para os acontecimentos solenes ligados ao final do tempo da graça. Declara o profeta de Deus: 'O dia do Senhor é grande e mui terrível e quem o poderá sofrer?' Quem estará em pé quando aparecer Aquele que é 'tão puro de olhos que não pode ver o mal, e não pode contemplar a vexação?' Joel 2:11. Habacuque 1:13. Para os que clamam: 'Deus meu! nós ... Te conhecemos', e não obstante têm traspassado Seu concerto, e se apressaram após outro deus (Oseias 8:2 e 1; Salmo 16:4), ocultando a iniquidade no coração e amando os caminhos da injustiça, para esses o dia do Senhor são trevas e não luz, 'completa escuridade, sem nenhum resplendor'. Amós 5:20. 'E há de ser que naquele tempo', diz o Senhor, 'esquadrinharei a Jerusalém com lanternas e castigarei os homens que estão assentados sobre as suas fezes, que dizem no seu coração: O Senhor não faz bem nem mal.' Sofonias 1:12. 'Visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos.' Isaías 13:11. 'Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar'; 'será saqueada a sua fazenda, e assoladas as suas casas.' Sofonias 1:18 e 13.

"O profeta Jeremias, prevendo esse tempo terrível, exclamou: 'Estou ferido no meu coração!' 'Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Quebranto sobre quebranto se apregoa.' Jeremias 4:19 e 20.

"'Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido.' Sofonias 1:15 e 16. 'Eis que o dia do Senhor vem, ... para pôr a Terra em assolação e destruir os pecadores dela.' Isaías 13:9.

"Ante a perspectiva desse grande dia, a Palavra de Deus, com expressões as mais solenes e impressivas, apela para Seu povo a fim de que desperte da letargia espiritual e busque Sua face, com arrependimento e humilhação: 'Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz no monte da Minha santidade. Perturbem-se todos os moradores da Terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto.' 'Santificai um jejum, proclamai um dia de proibição. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, ... saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar.' 'Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, compassivo, e tardio em irar-Se, e grande em beneficência.' Joel 2:1, 15-17, 12 e 13.

"A fim de preparar um povo para estar em pé no dia de Deus, deveria realizar-se uma grande obra de reforma. Deus viu que muitos dentre Seu povo professo não estavam edificando para a eternidade, e em Sua misericórdia estava prestes a enviar uma mensagem de advertência a fim de despertá-los de seu torpor e levá-los a preparar-se para a vinda de Jesus.

"Esta advertência, temo-la em Apocalipse 14. Apresenta-se-nos ali uma tríplice mensagem como sendo proclamada por seres celestiais, e imediatamente seguida pela vinda do Filho do homem para recolher a colheita da Terra. A primeira dessas advertências anuncia o juízo que se aproxima. O profeta contempla um anjo voando pelo meio do céu, tendo o 'evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o Céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.' Apocalipse 14:6 e 7." (p. 308 a 310).

"No cerimonial típico - sombra do sacrifício e sacerdócio de Cristo - a purificação do santuário era o último serviço realizado pelo sumo sacerdote no conjunto anual das cerimônias ministradas. Era a obra encerradora da expiação - uma remoção ou afastamento do pecado de Israel. Prefigurava a obra final no ministério de nosso Sumo Sacerdote no Céu, pela remoção ou obliteração dos pecados de Seu povo, que se achavam registrados nos relatórios celestiais. Este trabalho envolve uma investigação e um julgamento; e isto precede imediatamente a vinda de Cristo nas nuvens do céu, com poder e grande glória. Quando Ele vier, pois, todos os casos estarão decididos. Diz Jesus: 'O Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.' Apocalipse 22:12. É esta obra de julgamento, que precede imediatamente a segunda vinda, que é anunciada na mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14:7: 'Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo.'" (p. 351).

"Na profecia da mensagem do primeiro anjo, no capítulo 14 de Apocalipse, é predito um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve vinda de Jesus. É visto um anjo a voar 'pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo'. 'Com grande voz' ele proclama a mensagem: 'Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.' Apocalipse 14:6 e 7." (p. 354).

"A mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14, anunciando a hora do juízo de Deus e apelando para os homens a fim de O temer e adorar, estava destinada a separar o povo professo de Deus das influências corruptoras do mundo, e despertá-lo a fim de ver seu verdadeiro estado de mundanismo e apostasia. Deus enviou à igreja, nesta mensagem, uma advertência que, se fosse aceita, teria corrigido os males que a estavam apartando dEle. Houvessem os homens recebido a mensagem do Céu, humilhando o coração perante o Senhor, buscando com sinceridade o preparo para estar em pé em Sua presença, o Espírito e poder de Deus ter-se-iam manifestado entre eles. A igreja de novo teria atingido o bendito estado de unidade, fé e amor, que houve nos dias apostólicos, em que 'era um o coração e a alma' dos crentes, e 'anunciavam com ousadia a Palavra de Deus', dias em que 'acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar'. Atos 4:32 e 31; 2:47." (p. 378).

"Diz o profeta: 'Quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo dos ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata: então ao Senhor trarão ofertas em justiça.' Malaquias 3:2 e 3. Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles ser vencedores na batalha contra o mal. Enquanto o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra. Esta obra é mais claramente apresentada nas mensagens do capítulo 14 de Apocalipse." (p. 423 e 424).

"Os que aceitaram a luz relativa à mediação de Cristo e à perpetuidade da lei de Deus, acharam que estas eram as verdades apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse. As mensagens deste capítulo constituem uma tríplice advertência, que deve preparar os habitantes da Terra para a segunda vinda do Senhor. O anúncio: 'Vinda é a hora do Seu juízo' (Apocalipse 14:7) - aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a salvação dos homens. Anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador, e Ele volte à Terra para receber o Seu povo. A obra do juízo que começou em 1844, deve continuar até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até ao final do tempo de graça para a humanidade. A fim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo, a mensagem lhes ordena temer a Deus e dar-Lhe glória, 'e adorar Aquele que fez o céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas'. O resultado da aceitação destas mensagens é dado nestas palavras: 'Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.'" (p. 434 e 435).

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